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sábado, 25 de setembro de 2010

Canibalismo ou antropofagia?


Hoje, em vários momentos do dia eu revisitei cenas do 'Cozinheiro, o Ladrão, sua Esposa e o Amante', de Peter Greenaway, com todos os ingredientes medonhos e putrefatos. Algunas dias devem ser assim mesmo. Para lembrar: Você está viva! E onde fica o não lugar?

Ás de Copas


É hora de AMAR!
Amar sem esperar nada em troca...
Deixar que o encantamento se derrame...
Deixar a alma limpa, renovada, destilando AMOR!
Permita-se!

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Das coisas que não duram para sempre...

Um dia li a história da menina que queria ser trapezista, e ela me encantou pelos elementos, pelo fantástico, pelo cenário multicolorido que a aproximava muito de uma história de Gabriel Garcia Marquez....

Eu também queria ser trapezista. Queria ir embora com o circo, com o palhaço Poli, com o Topz, com o Diverlangue e assim, me sentir segura e nunca mais ficar precisando esperar o encanto voltar...




Era uma vez, mas eu me lembro como se fosse agora, eu queria ser trapezista. Minha paixão era o trapézio, me atirar lá do alto, na certeza de que alguém segurava minhas mãos, não me deixando cair. Era lindo, mas eu morria de medo. Tinha medo de quase tudo, cinema, parque de diversão, de circo, ciganos, aquela gente encantada que chegava e seguia. Era disso que eu tinha medo, do que não ficava para sempre. Era outra vez, outro circo, ciganos e patinadores. O circo chegou à cidade, era uma tarde de sonhos e eu corri até lá. Os artistas, eles se preparavam nos bastidores para começar o espetáculo e eu entrei no meio deles e falei que eu queria ser trapezista. Veio falar comigo uma moça do circo que era domadora. Era uma moça bonita, forte, era uma moçona mesmo. Ela me olhou, riu um pouco, disse que era muito difícil, mas que nada era impossível. Depois veio o palhaço Poli, veio o Topz, veio o Diverlangue que parecia um príncipe, o dono do circo, as crianças, o público. De repente apareceu uma luz lá no alto e todo mundo ficou olhando. A lona do circo tinha sumido e o que eu via era a estrela Dalva no céu aberto. Quando eu cansei de ficar olhando para o alto e fui olhar para as pessoas, só aí eu vi que estava sozinha...

(Era uma Vez - Antônio Bivar)

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Qu'est-ce qu'on va faire?

http://www.youtube.com/watch?v=XoJ8qZcQfs0

Leva meu corpo
Por um momento eterno
Fazes-me a vida um inferno
Escondo um louco no meu corpo
Um infinito prazer
Por isso:
"Qu'est-ce qu'on va faire?"
Só tenho tempo
Pr'o meu corpo
Como uma sombra inquieta
E nessa voz discreta...

(Acordei pensando nessa música hoje... 'Diabo no Corpo' de Pedro Abrunhosa)

O que já foi um jardim sem muros

Quase um ano depois, volto a escrever aqui e acho que o título anterior "um jardim sem muros" já não cabe mais. Hoje, lendo minha última postagem, um trecho da música do Arnaldo Antunes chama a minha atenção... 'aonde é este aqui?' É assim que sinto-me hoje, fora do meu lugar, longe do meu destino, ausente de muita coisa, até de mim.
Mas, apesar de um pouco longe do que considero a felicidade, sei que continuo buscando-a e sei que ela não está distante de mim por completo.
Intensidade e ritmo, amor e paixão, calor e abraço, lágrimas e sorrisos! Preciso de tudo isso junto e talvez muito mais.
Continuo acreditando que posso já ter encontrado tudo isso....
Meu coração está preparado.